quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Será que realmente sabemos o que é a luta pelo SALÁRIO DE NÍVEL SUPERIOR?


 

ATUALIZAÇÕES SOBRE A LUTA PELO "SALÁRIO DE NÍVEL SUPERIOR".

A última proposta, mais uma vez enviada ao governo, que apresentamos no dia 22/12/2022 em reunião virtual da CAMES, foi a reafirmação daquilo que produzimos e avançamos na penúltima reunião com membros do governo Rui Costa, antes do estabelecimento da mesa de mediação (CAMES).

Daí então reapresentamos  a mesma proposta que foi aprovada em assembleia geral, apontando a busca de recebimento dos valores iguais dos vencimentos do cargo de perito criminal, conforme as suas respectivas Classes, no entanto, manteríamos os valores da GAPJ sem sofrer quaisquer alterações, e todo esse montante (recebendo os ajustes inflacionários e juros anuais) escalonado por 4 (quatro) anos.

Deixando claro, que em momento algum houve recuo da coordenação do MJSMF,  e assim, reafirmamos a Pauta.

A exigência de reapresentarmos a supra referida Pauta, vem como mais uma manobra do governo para se ganhar tempo. Entretanto com o discurso legitimo que é passível de questionamento no âmbito político, contudo coerente no âmbito jurídico. Pois, sabia-se que a partir de 01/01/2023 seria um “novo” governador e um “outro” governo, assim afirmavam seus representantes do Estado naquela ocasião.

Cabendo lembrar, que em 22/12/2022 na reunião da CAMES, ainda estávamos nos reunindo com membros, oficialmente falando, do governo Rui Costa que estava a 9 (nove) dias do seu fim. E que apontava a necessidade de reapresentarmos a nossa reivindicação do "Salário de Nível Superior" para o “novo” governo, este, que se gestaria a partir de 01/01/2023.

Então ficou acertado que novamente levaríamos a nossa proposta, e que os representantes do “novo” governo deveriam, também, apresentar uma contra proposta.

É óbvio e notório, que farão de tudo para nos dissuadir de continuarmos firmes com a nossa Pauta exclusiva e prioritária: o "Salário de Nível Superior". Ora, já estamos sendo bombardeados com proposições apócrifas e balão de ensaio, que transitam entre ofertas de migalhas (promoção; criação de grupos CATI's nas COORPIN's; gratificação ofertadas aos delegados no processo de substituição, estendidas aos IPC’s e EPC’s), e até se ventilou um reajuste absurdo e sem nexo na ínfima casa dos 18%, inclusive um percentual, que já foi sinalizado, que serão ofertados a todos(as) servidores(as) públicos estaduais. E o pior, assistimos dirigentes de entidades comemorando tamanho absurdo!

QUAL É A NOSSA PAUTA, DE FATO?

Assim insistimos e relembraremos aos navegantes porque nossa Pauta do "Salário de Nível Superior" é única, exclusiva, real, legítima, plausível, sensata e coerente. Pois não há sob forma alguma divagação ou ilusão com a nossa Pauta. Portanto, reafirmamos: "Salário de Nível Superior", já!

PORQUE É LEGÍTIMO E INCONTORNÁVEL BUSCAR O “SALÁRIO DE NÍVEL SUPERIOR”?

Colegas, nós (IPC's, EPC's e PTPC's) até o dia 03 de fevereiro de 2009, às 23:59h éramos uma coisa e no dia 04 de fevereiro de 2009 fomos ELEVADOS a outro patamar. E por que dizemos isso?

Antes do advento da LOPC/BA (Lei de n° 11.370 de 04 de fevereiro de 2009) nossos cargos de Investigador(a), Escrivão(ã) e Perito(a) Técnico(a) possuíam uma investidura nos referidos cargos dentro de critérios bastantes inferiores ao que passou a ser exigido após promulgação da nossa “Lei Orgânica da PCBA”. Antes nós éramos apresentados em nossas atribuições, responsabilidades e era verificado as complexidades dos nossos cargos através de documentos, os quais se expressavam em editais de concurso público (leiam os editais de 1992 e 1997). Éramos oficialmente, meros “compradores de temperos” dos dirigentes da PCBA. Assim fazíamos de fato, o que esses(as) dirigentes desejavam, ou seja, éramos reduzidos os “seres executores incultos”, meros realizadores de tarefas, e pronto! Pois não tínhamos uma estrutura organizativa que prescrevessem nossas reais atribuições, nossas responsabilidades e etc. Acontece, que a partir do advento da “Lei Orgânica da PCBA” passamos a ter ciência legalmente falando, do que nós éramos, o que fazíamos, e como deveríamos fazer.

Para além disso passou a ser exigido a formação para os referidos cargos de Investigador, Escrivão e Perito Técnico, de nível superior completo. Esses cargos são, diante da “Lei Orgânica da PCBA” de natureza técnicos científicos. Exigindo o 3° grau como pré-requisito à investidura. Mas isso é só uma exigência insignificante, pelo simples desejo do legislador? Não! Absolutamente, não!

PORQUE MUDOU O NÍVEL DE ESCOLARIDADE

O nível de escolaridade mudado de nível médio para nível superior, se deu por conta das “novas” exigências funcionais para a investidura, devido ao aumento e modificações das atribuições, devido ao incremento de complexidade do exercício legal dos cargos, onde não cabia uma formação escolar de nível médio. E tudo isso implicaria num incremento e aumento de responsabilidades no exercício das funções. Portanto, nada foi somente “enfeite” ou “firula’ para exigir o nível superior para a investidura dos cargos.

Acontece então, que passamos de um nível de complexidade, responsabilidades e atribuições, até então exigidos nos concursos de 1992 e 1997, e que acreditavam que pessoas de nível médio de escolaridade, do antigo segundo grau escolar eram capazes o suficiente para exercer os cargos de agentes de polícia, escrivão e perito técnico. E fomos com o advento da “Lei Orgânica da PCBA”, no âmbito jurídico e administrativo. para uma condição mais complexa. Tudo isso foi modificado, exigindo-se um nível superior de escolaridade, técnico cientifico, universitário, por fim… o 3° grau de escolaridade. Tudo por conta das novas exigências nas atribuições (renovadas e incrementadas), nas responsabilidades (aumentadas e mais complexas), tornado esses cargos bem diferentes do que eram até o dia 03/02/2009. Esse é o motivo real da exigência (como slogan) do "SALÁRIO DE NÍVEL SUPERIOR".

Outrossim, temos os ditames dos dispositivos constitucionais da união e da Constituição do Estado da Bahia, que corroboram para a conclusão de que o não cumprimento nas mudanças das estruturas remuneratórias caminham na ilegalidade e na inconstitucionalidade. Ou seja: Nossa reivindicação possui base política, técnica e jurídica para ser apreciada, sobretudo atendida.

A constituição federal afirma no seu artigo 39, parágrafo 1° e incisos I, II e III que:

 

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)    (Vide ADI nº 2.135)

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;         (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - os requisitos para a investidura;      (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - as peculiaridades dos cargos.

 

E a nossa Constituição Baiana confirma e corrobora, no seu artigo 41, inciso XXIV

 

 

Art. 41 - São direitos dos servidores públicos civis, além dos previstos na Constituição Federal

XXIV - fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório, observado o que dispõe a Constituição Federal;



Então, está provado e comprovado que a luta pelo SNS, NÃO há nada de fortuito, delírio ou devaneio! Estamos convencidos e resolutos em manter e defender essa pauta. Por honra, por direito, por necessidade, por lógica e pela verdade!

EXISTE ALGUMA OUTRA PAUTA MAIS IMPORTANTE QUE A DO SNS?

Nenhuma outra pauta será superior ou mais importante do que essa. Ela nos dignifica e nos coloca no lugar que deveríamos está. Não há abuso, não há absurdo, não há impossibilidade! O que há é má vontade dos governantes, obstáculos colocados pelos dirigentes da PCBA, ignorância diante do pleito, desconhecimento da pauta, o medo das lideranças sindicais, incompetência na construção da luta. Mas tudo isso acaba quando a base se estimula, se envolve e diz para o que veio se envolvendo na caminhada das lutas.

É preciso acreditar! É preciso tomar as rédeas do processo! Nenhum governo irá nos proporcionar nossos direitos se não o reivindicamos com força, unidade e determinação!

Não podemos aceitar penduricalhos ou migalhas em troca do que é o nosso direito. Nada que se ofereça em troca dessa pauta nos tornará dignos e capazes de fazer a roda da PCBA girar!

O QUE MUDOU NA NOSSA NARRATIVA NA LUTA DO SNS?

Anteriormente o discurso era:  REGULAMENTAÇÃO DO ARTIGO 46, PARAGRAFO 1° DA NOSSA LEI ORGANICA DA PCBA. Foi percebido em tempo hábil, mas serviu para a discussão restrita no âmbito jurídico, que isso demandaria o que expressa todo o artigo 46 e seu 1° parágrafo:

 

Art. 46 - Para o ingresso nos cargos da carreira de Delegado de Polícia e demais carreiras da Polícia Civil do Estado da Bahia será exigido diploma de conclusão de curso superior devidamente registrado no Ministério da Educação.

§ 1º - A lei disporá sobre planos de cargos de provimento efetivo e temporário, remuneração e estruturação das carreiras que compõem o quadro de pessoal da Polícia Civil do Estado da Bahia, critérios para seu desenvolvimento e interiorização, consideradas as peculiaridades regionais, sem prejuízo do disposto nesta Lei.

 

E atrapalharia nossos planos. Pois a regulamentação desse artigo (46) e seu primeiro parágrafo significa uma reestruturação de TODOS os cargos QUE COMPÕE O QUADRO DE PESSOAL da PCBA; mudanças da remuneração para TODOS os cargos efetivos e temporários e outras modificações gerais. Pois, bem! Quem está na luta pelo direito de receber ou estar enquadrado numa tabela remuneratória de nível superior, já existente na estrutura remuneratória do Sistema Policial Civil de Carreira Profissional, somos somente nós Investigadores(as), Escrivães e Peritos(as) Técnicos(as). Não os demais! E não iremos fazer força para o alheio ficar vermelho. E obviamente a regulamentação desse artigo 46 e seu primeiro parágrafo traria mais resistências ao Estado poder cumprir, em comparação a somente resolver “nosso” problema. Afinal, todos os outros cargos foram beneficiados em 2009, sem precisar regulamentar o artigo 46 da LOPCBA, menos nós!

Devido a isso, não mais exigimos a regulamentação do artigo 46 e seu 1° parágrafo. Nossa luta é pelo VENCIMENTO semelhante ao do perito criminal, já que está provado que merecemos e temos direito. Por isso apresentamos algumas tabelas que escalonam a deseja adequação ao padrão remuneratório de nível superior do sistema policial civil de carreira profissional, em 4 (quatro) anos.

INFELIZMENTE TEM DIRIGENTE SINDICAL, QUE AINDA NÃO ENTENDE O QUE É A LUTA PELO "SALÁRIO DE NÍVEL SUPERIOR", OU PROPOSITALMENTE NÃO QUER ENTENDER PARA NÃO ATRAPALHAR INTERESSES PARTICULARES E PESSOAIS EM DETRIMENTO DA COLETIVIDADE!

Mas pasmem, após todos esses anos de luta, de diálogo no MJSMF, ainda tem pessoas (até dirigentes) que ainda não entenderam os motivos, os argumentos e as provas de que a luta pelo "Salário de Nível Superior" é legitima e não se reduz ao simples fato de mudança do nível de escolaridade para investidura. Ainda, observamos argumentos superficiais e facilmente refutáveis em dizer que lutamos pelo "Salário de Nível Superior" porque queremos nos equiparar aos PCPC’s; Que a luta é necessária porque somos de nível superior (!!!!!); E que devemos exigir que o governo regulamente o artigo 46 e seu 1° parágrafo. E tantas outras frágeis e inconsistentes argumentações sem conhecimento de causa, sem aprofundamento da pauta.

Sobre o argumento exclusivo da escolaridade, teríamos um parecer da PGE que enfraquece e refuta isso, se esse for um argumento destituído de compreensão dos critérios para investidura como um dos elementos que compõe um complexo de exigências, critérios e condicionamentos que vão para além da simples exigência da escolaridade. Senão vejamos:

 

PGE - Parecer do Procurador do Estado da Bahia, Rodrigo Almeida Gomes Moura, em 22 de abril de 2022


...Assim, a isonomia só deve orientar a Administração Pública quando entre as carreiras houver coincidência de atribuições, de níveis de complexidade e de requisitos de investidura...


...Ainda que a lei exija a mesma formação para ingresso do servidor em duas diferentes carreiras, não há obrigatoriedade de que estas sejam remuneradas com os mesmos valores de vencimentos. A formação exigida para o ingresso na carreira (investidura) é apenas um, dentre vários elementos e fatores, que deve ser considerado para fixação da remuneração de determinada carreira. Na realidade, o legislador deve observar os requisitos de ingresso necessariamente em conjunto com a peculiaridade e complexidade de cada cargo, considerando seu plexo de atribuições e responsabilidades...


Ora, até o próprio Procurador do Estado da Bahia no seu Despacho, explica de forma cristalina, que a apenas o nível de escolaridade não garante (e também não proíbe) que carreiras, as quais se exigem o mesmo nível de formação escolar tenham a mesma remuneração. Contudo ficará por conta do legislador observar se os requisitos para o ingresso (investidura) em conjunto com a natureza, a peculiaridade, a complexidade dentro de interconexões das atribuições e das responsabilidades do cargo compõem os elementos e condicionantes que afirmem essa obrigatoriedade, uma vez que possuem critérios estabelecidos constitucionalmente para se fixarem os padrões de vencimentos com valores idênticos, semelhantes e iguais. Ou seja: Mesmos valores. Sendo exatamente isso que ocorre quando comparamos os cargos de PCPC’s e os cargos de IPC’s, EPC’s e PTPC’s.

POR FIM...

Acreditamos que é preciso uma nova assembleia da categoria, dirigida pelo MJSMF. É preciso que engrossemos as trincheiras da nossa luta. Se não acreditam nas lideranças, temos mais um motivo para tomar as rédeas e ditar as normas e movimentações. A força e as potencialidades nós temos. Já provamos isso! Só precisamos dizer para sociedade e para o governo, que não iremos parar e nem voltar à normalidade se não formos ouvidos e atendidos. Pois, eles sabem que estão violando barbaramente um direito e tentando controlar os(as) IPC’s, EPC’s e PTPC’s através do medo, ameaças e perseguições desenvolvidas pelos dirigentes da instituição. Não conseguirão!

Vamos para as ruas. Elas também são nossas! Vamos denunciar para a sociedade como somos tratados e desmotivados a trabalhar! Vamos nos unir na Pauta e na condução do processo. Assumirmos o protagonismo e dizer em viva voz: Nós existimos, queremos trabalhar, mas o Estado da Bahia não nos respeita e ataca nossos direitos, e assim atacam a sociedade! Portanto, reafirmamos: "Salário de Nível Superior" Já!

 

 

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Carta Aberta: MEMBROS DA UNIPOL RENUNCIAM A DIREÇÃO DO SINDPOC


 

“Muitas vezes pensamos que a “aquela” gota d’água foi a responsável pelo transbordamento do copo! Ninguém lembra ou quer lembrar que antes o copo estava sendo preenchido com água muito antes. E assim acreditamos que transbordou por conta de uma única gota!”

 

Muitos foram os motivos que nos (UNIPOL-BA / M.U.) fizeram tomar a decisão de sairmos da direção do SINDPOC.

 

Alguns de forma ingênua ou maldosa irão dizer que foram motivos superficiais e pessoais. Mas, tenham a certeza que um grupo de lutadores e lutadoras, como o nosso, que possuem princípios e experiência na luta sindical na Polícia Civil da Bahia, não tomariam uma decisão dessa magnitude senão fosse por motivos que nos afligissem ou que pudessem desmoralizar nossos princípios, nossas construções políticas e nossa ética. O convívio e tentativa de caminhar juntos chegou ao fim e pôs em xeque a continuidade da nossa história de relação transparente e democrática com a categoria. Escolhemos continuar ao lado dos que fazem a boa luta. escolhemos certo...e renunciamos!

 

Não saímos, como já dizem as más línguas por discordâncias partidárias. Apesar das causas terem um cunho político e ético, nunca tivemos amarras partidárias que norteassem nossas atitudes e debates internos. Até porque (UNIPOL-BA) somos suprapartidários, independentes e autônomos diante de partidos e qualquer agrupamento social. Não somos correia de transmissão de agremiações politicas partidárias, nem de grupos religiosos, nem de seitas. Somos um coletivo diverso, amplo, plural e que acolhe seus membros num espectro político ideológico que abriga pessoas da direita, centro e da esquerda. Assim como pessoas que não se definem politicamente e nem ideologicamente. Somos a UNIPOL-BA na Luta pelo Salário de Nível Superior!

 

Já vinhamos tentando um dialogo para compor chapa com o grupo majoritário que já dirige o Sindpoc há mais de 15 anos. E nesse dialogo ocorreram acordos e proposições. Mas...TUDO foi vilipendiado e desrespeitado durante o processo. Nenhum deles foram cumpridos. Pelo contrário, nossas proposições e acordos foram descumpridos e modificados unilateralmente pelo representante do grupo majoritário que dirige o Sindpoc há 15 anos.  Portanto, estava evidente que essa aliança não poderia dar certo. Desconfianças, quebra de acordos e práticas antidemocráticas deram o tom dos acenos e condutas daquele grupo majoritário que permanece na direção da entidade, e fará de tudo para se perpetuar. 

 

Já estávamos vivenciando isso durante a caminhada nesses últimos 3 anos. Mas acreditávamos que no desejo de termos uma nova gestão para a entidade sindical, as disposições politicas de agregar o diferente estariam afloradas e se concretizariam. Ledo engano! O desejo real do campo majoritário do Sindpoc é tão somente de se perpetuar numa lógica frouxa, de resultados pífios e num processo crescente de desconfianças, descréditos, apagamento do debate, autocracia de um dirigente e  vacilos propositais diante da relação que tiver com dirigentes da PCBA e com o Governo do Estado da Bahia.!

 

Assistimos as eleições antecipadas, açodadas e assustadoras (tem colega que não acredita ou não sabe que houve eleições para a direção do Sindpoc! Pasmem!). Vimos uma Chapa que não conseguiu se inscrever por atos dantescos perpetrados por dirigentes do Sindpoc. E um processo de votação itinerante, nada de acordo com a tradicional democracia dos processos eleitorais da entidade... e que se não fosse assim, jamais teríamos um número de votos que foram computados: cerca de 1.060 votos. O referendo através do voto seria insignificante se a votação fosse do modo tradicional (urnas nas sedes de coorpins e em locais centralizados). Quase ninguém iria votar!

 

Os membros da UNIPOL-BA que estavam foram indicados a participarem da gestão 2022-2026, tinham uma tática, decorrente de uma estratégia construída durante o convívio na caminhada das lutas conjunta com o Sindpoc. Que era de poder ingressar na direção do Sindicato, após diálogos programáticos e estratégicos e assim disputar interna e externamente, DEMOCRATICAMENTE, novos rumos de gestão para entidade. Onde novos parâmetros de democracia, participação, discurso, acolhimento e confiança da base para com a entidade fossem construídos e desenvolvidos ao longo da gestão. Resgatando a credibilidade e a participação ativa da base. Acreditávamos que essa nossa proposição faria com que o “aliado” ao menos dialogassem sobre essa possibilidade e quisesse que esses(as) abnegados(as) pudessem caminhar juntos. Tivemos, então, no cumprimento da tática, que engolirmos alguns "sapos" que arranharam nossos princípios e revelaram que aqueles (imaginários aliados) queriam somente nos apagar, invisibilizar e nos ter próximo para controlar. E assim, em nome da tentativa de  cumprimento das nossas tática, fomos chamuscados, desrespeitados e expulsos do processo.

 

Ao longo do caminho, percebemos que a tática diante das investidas antidemocráticas do campo majoritário que dirige o Sindpoc há 15 anos, encontrava imensas dificuldade e obstáculos intransponíveis. E eles impediram que pudéssemos ao menos dialogar. Ocorreu boicote, perseguição, preconceito de alguns diretores contra nosso ingresso, e tudo isso com a anuência do próprio Eustácio Lopes! Portanto, diante do entendimento do "antes tarde do que nunca", saímos daquela direção antes que ela nos guilhotinasse e nos desmoralizasse por completo.

 

E como a gota d’água a quebra do último elo (que poderia nos sustentar tentando por em curso nossa tática), tornou a situação insustentável para a nossa permanência na direção da entidade Sindpoc. Esse último elo foi a quebra do acordo de um dos dispositivos dialogado e confirmado nas negociações, que foi a NÃO aquisição de (01) uma disponibilidade (possibilidade do dirigente se afastar dos afazeres do trabalho, para se dedicar exclusivamente a luta sindical) para um dos nossos (UNIPOL-BA). Tínhamos acordado que nosso campo teria 01 (uma) das 06 (seis) destinadas a direção do Sindpoc. Isso tinha sido acordado com antecedência, mas fomos surpreendidos com mais uma quebra de acordo e não mais teríamos esse dispositivo. O presidente Eustácio nos informou que não mais teríamos esse dispositivo. E só soubemos disso porque ocorreu uma movimentação dentro das redes sociais sobre o tema. Quando entramos em contato com Eustácio, o mesmo nos informou que não mais teríamos esse dispositivo (a disponibilidade). Ou seja: uma escancarada quebra de acordo, desonrosa, de forma unilateral e surpreendentemente, cínica!

 

Algumas pessoas irão mais uma vez dizer: “Mas, por isso vocês saem da direção de uma entidade tão importante, na possibilidade de unidos construírem algo benéfico para todos(as) nós?” Respondemos, mais uma vez: Colega, como foi dito desde o início dessa carta, “Não é a gota, que faz a água transbordar do copo, a causa última do fenômeno. Mas a constante realidade de deixar encher o próprio copo. 


Nossa atitude de não compactuar ou de não se iludir em fazer parte de um processo que não goza de confiança, transparência, democracia e participação coletiva. Que não tem a participação e responsabilização real dos dirigentes. De um processo onde dirigentes não possuem a liberdade para agir, não pode ser considerado algo sério e digno pra quem deseja e luta por mudanças. Tentamos adotar uma tática que nos custou muito caro! Sonhamos com tempos melhores tentando dirigir com unidade, parceria e autocrítica dos erros no percurso, mas fomos obliterados a todo instante. Engolimos "sapos" que podiam por em xeque nossos princípios e nosso legado. Hoje cortamos na própria carne, com autocrítica, mas com dignidade de um grupo que teve a coragem de sair de uma armadilha a tempo. Está fora, daquele espaço será mais leve pra todos(as) nós. Será mais trabalhoso, contudo, será mais coerente e transparente. Sobretudo autônomo, independente e democrático.

 

Queremos finalizar essa carta garantido algumas coisas: VAI TER LUTA! E como vai! Firmeza na busca do SALÁRIO DE NÍVEL SUPERIOR, JÁ! NENHUM PASSO PARA TRÁS! NÃO ACEITAREMOS MIGALHAS! Seremos oposição naquilo que discordarmos! Fiscalizaremos a nossa entidade sindical! Não daremos trégua aos desmandos e a inépcia. Cobraremos tudo que acreditamos ser legitimo e coerente para nossa luta. E caminharemos junto no que for plausível e possível! Mas nunca perderemos a independência e autonomia.

 

Estaremos, na semana que vem, trazendo todos os detalhes e falas sobre nossa saída da direção do Sindpoc. Num PODCAST onde estaremos realizando com a presença de todos(as) dirigentes que renunciaram e alguns convidados, descrevendo os detalhes e algo de interesse geral da nossa base.

 

Abaixo, listaremos os(as) ex-dirigentes do Sindpoc que renunciaram!

 

IPC Álvaro Reis Silva da Cruz: DIRETOR DE BASE

IPC Denilson Campos Neves: DIRETOR DA SECRETARIA DE QUALIFICAÇÃO E FORMAÇÃO SINDICAL

IPC Eduardo Henrique Santos Alfano: DIRETOR REGIONAL DA 8ª COORPIN

IPC Euler Schaper Marques: DIRETORA ADJUNTA DA SECRETARIA GERAL

IPC Francisco Denilcio Ribeiro Araújo: DIRETOR REGIONAL DA RMS

EPC Liz Gardênia Tupiná Rodrigues: DIRETORA REGIONAL DA 16ª COORPIN

IPC Luiz Augusto Honorino Ferreira: DIRETOR ADJUNTO DA SECRETARIA SOCIAL, DE ESPORTE, CULTURA, LAZER E EVENTOS

IPC Nilson Carvalho Crusoé Júnior: DIRETOR DE BASE

IPC Ueliton Roberval Alves Lima: DIRETOR DE BASE

IPC Wanderley Alexandre Rebés Veloz: DIRETOR DE BASE

 

 Um bom inicio de semana, nos encontraremos muito em breve!