AUDIÊNCIA PUBLICA NA ALBA EM
10 DE MAIO DE 2016
Durante audiência pública,
policiais civis reivindicam valorização da categoria ao Governo do Estado
Na manhã desta terça-feira (10),
escrivães, investigadores e peritos técnicos da Polícia Civil baiana realizaram
audiência pública sobre “ Valorização dos Policiais Civis Baianos” , na Assembléia
Legislativa da Bahia, na sala da Comissão de Segurança Pública, presidida pelo
deputado estadual Marcelino Galo (PT-BA). A audiência contou com a participação
de representantes da Secretaria de Administração, Secretaria de Planejamento,
Segurança Pública e Casa Civil.
O Presidente do Sindicato
dos Peritos Técnicos, Marcel Egrácio, ressaltou que, desde 2009, a perícia técnica não consegue realizar o
trabalho plenamente dentro do (DHPT). “ A briga do perito-técnico não é por
salário, mas pela possibilidade de poder realizar seu trabalho. Recentemente,
um médico legista liberou um corpo sem fazer a identificação e acabou trocando
os corpos. Os profissionais não estão conseguindo exercer suas atividades !”,
criticou
Segundo o investigador e
Presidente do SINDIPOL, Ary Aves, a Polícia Civil baiana gira em torno do delegado.
De acordo com Alves, é necessário uma reavaliação sobre a função do
investigador porque a estrutura atual mantém a “casta” dos peritos criminais e
dos delegados. “ Os investigadores e escrivães são carreiras de nível superior
do mesmo jeito que os peritos e delegados. Mas não estamos sendo valorizados
pela gestão estadual que não cumpre a determinação da Lei Orgânica!”,
enfatizou.
O investigador Denilson
Neves, do Coletivo Sankofa, enfatizou
que a polícia não pode se tornar “feudos” dos coronéis e delegados. Para ele,
deve ser feita uma disputa do ponto de vista sociológico e político. “A Polícia
Civil da Bahia entrou em uma seara de luta e não vai retroceder. Existe uma
política de Estado na qual o quadro de abandono se repete em todos os Estados
brasileiros. Está claro que existe uma secundarização do papel exercido pelo
policial civil”, enfatizou Denilson.
Para o representante dos
escrivães da Polícia Civil, Luiz Carlos, o objetivo principal da categoria é
pensar em um novo modelo de Segurança Pública e o serviço prestado deve ser
eficiente e de respeito ao cidadão. O escrivão destacou que a categoria não
está lutando contra os delegados e peritos, mas reivindica o enquadramento na
tabela salarial de nível superior, conforme consta na Lei Orgânica nº 11370\09
“Não estamos pedindo
reajuste salarial ao Governo do Estado. Estamos reivindicando o cumprimento da
Lei Orgânica na qual já estamos enquadrados como carreiras de nível superior.
Entretanto, continuamos recebendo o salário equivalente ao nível médio!”,
salientou Luiz Carlos.